- Levante, preguiçoso! - reclamou Lynn, levantando-se rapidamente e me convencendo a continuar. - Você quer chegar em casa ainda hoje ou não? - questionou, ativando meu cérebro.
Minha mãe teria um ataque cardíaco se eu demorasse demais. Eu sei que ela confia em mim, mas é daquele tipo de mãe super protetora.
- Quanto tempo mais precisamos caminhar?
- Cansando, bebê mimado?
Revirei os olhos.
- Não - respondi friamente e era verdade. - Mas eu não gosto de andar aqui.
Ela não respondeu, apenas continuou andando. Eu observava que ela virava às vezes a cabeça de um lado para o outro, como se quisesse ter certeza de que ninguém estivesse nos observando. De certa forma, eu me sentia seguro com aquela completa estranha.
Caminhamos por mais longos minutos - ou talvez uma hora - e então começamos a nos aproximar de um "amontoado" de luzes, prédios e movimento de automóveis nas ruas asfaltadas da grande cidade.
- Bebê entregue - falou ela com ironia, quando parou de caminhar e se virou para mim.
Seu rosto estava coberto pelas sombras, mas eu já me encontrava abaixo da fraca luz de um poste de concreto.
- Obrigado, garota estranha - murmurei ao passar bem do lado dela.
Eu tinha caminhado alguns passos em frente e então me virei para onde ela estava. Com dificuldade, consegui distinguir uma silhueta feminina e charmosa parada nas sombras de um grande prédio em construção.
Me senti mal por um momento. Deixá-la ali sozinha ia completamente contra os meus princípios cavalheiros, afinal sempre quando eu saía com garotas na minha cidade, acompanhava elas até em suas casas para ter certeza de que não correriam riscos. Mas logo abandonei o pensamento, Lynn não era uma das garotas com quem eu saía e tampouco se parecia frágil como elas.
Levantei minha mão e acenei. Não devia ter feito isso. A garota estranha andou uma passo para frente e se posicionou na luz fraca do poste, mostrando a língua para mim. Revirei os olhos novamente e fui embora.
Precisei caminhar mais duas quadras e consegui pegar um táxi. Com paciência, falei o endereço da casa de minha tia e dez minutos depois eu estava parado na frente da pequena casa de cor verde - embora eu não pudesse ver a cor muito bem no escuro.
Precisei caminhar mais duas quadras e consegui pegar um táxi. Com paciência, falei o endereço da casa de minha tia e dez minutos depois eu estava parado na frente da pequena casa de cor verde - embora eu não pudesse ver a cor muito bem no escuro.
Por sorte, eu tinha a chave da casa no meu bolso e abri a tranca sem fazer muito barulho. Liguei a luz do corredor de entrada e quase caí morto no chão quando vi os olhos da minha tia grudados nos meus.
- Meia-noite em ponto. O que está pensando? - trovejou ela, mas sussurrando.
- Eu me perdi, me desculpe - tentei ser educado, mas nem isso adiantou.
- Sua mãe e eu estávamos tentando ligar para o seu celular, quando percebemos que estava no seu quarto. Para onde você foi? O que foi fazer? - o tom preocupado era evidente.
- Sempre quando tenho discussões com minha mãe, gosto de sair de casa para arejar minha cabeça e ficar mais calmo. Porém, me distanciei demais e eu me perdi. Não conheço essa cidade muito bem. Por sorte encontrei uma garota que me mostrou o caminho e pude pegar um táxi.
- A-ha! - exclamou ela, vitoriosa. - Tinha uma garota no meio!
- Não é nada do que a senhora está pensando, tia. A garota é a maior pirada, nunca conheci garota tão estranha. Mas ela parece ser boa pessoa, não era um drogada nem fumante.
- Não interessa! Era uma garota, Adam! E uma garota que você nem conhece!
- O nome dela é Lynn.
- Ah, então você até sabe o nome! - trovejou ela novamente.
Nisso, minha mãe, que estivera cochilando no sofá da sala, apareceu.
- O que está acontecendo aqui? - perguntou ela, calmamente.
- Seu filho chega meia-noite em casa, depois de passear pela cidade com uma garota estranha e que ele nem conhece!
Mulheres, pensei. Tudo o que eu queria no momento era tomar um bom banho e me jogar num colchão macio, mas pelo visto, entraríamos madrugada adentro naquela discussão.
Mulheres, pensei. Tudo o que eu queria no momento era tomar um bom banho e me jogar num colchão macio, mas pelo visto, entraríamos madrugada adentro naquela discussão.
- Mãe, tia. Agradeço por ser preocuparem por mim, mas eu estou bem. E tudo que preciso no momento é tomar um banho e dormir, passei a noite toda caminhando por lugares imundos.
Minha mãe, Amelie, me encarou com olhos suaves. Eu sabia que ela não estava zangada comigo, afinal ela sabia o filho que tinha. Já minha tia, era outra história... Ela já teve três maridos - e atualmente está namorando um músico - e julga que todo mundo é "malandro" como ela.
- Claro filho, vá tomar um banho. Eu vou dormir também, mas se precisar de alguma coisa, por favor, venha me chamar - terminou ela, dando um abraço rápido em mim e se dirigindo ao quarto de casal, onde ela e minha tia dividiriam a cama de casal.
- Claro filho, vá tomar um banho. Eu vou dormir também, mas se precisar de alguma coisa, por favor, venha me chamar - terminou ela, dando um abraço rápido em mim e se dirigindo ao quarto de casal, onde ela e minha tia dividiriam a cama de casal.
Minha tia ficou boquiaberta, mas não cabia a ela reclamar comigo se minha mãe tinha levado tudo numa boa. Ela repetiu os passos de minha mãe, me dando um abraço e em seguida entrando no quarto.
Eu tomei um banho rápido - mas bem quente - e me joguei debaixo das cobertas.
[Capítulo 1] [ Capítulo 2] B.
Eu tomei um banho rápido - mas bem quente - e me joguei debaixo das cobertas.
[Capítulo 1] [ Capítulo 2] B.
Ei B. tem selo no meu blog pra ti (;
ResponderExcluir