Deviam ter passado alguns minutos apenas, mas a impressão me dizia que tinham passado horas. Eu me perguntava como ela aguentava correr todos aqueles minutos sem parar. Ela me provava que mulheres podiam ser mais resistentes do que homens quando queriam, não que eu estivesse cansando, afinal durante toda minha vida fui um ótimo jogador de futebol.
- E então... Por que você resolveu ser assim?
Por mais que eu brigasse com minha curiosidade e impetuosidade, ambas juntas sempre venciam.
- Assim como? - ela rebateu. Sua voz calma, mas eu sabia que ela não queria continuar com o assunto. Era impressionante perceber que eu sabia tão bem o que ela sentia como se eu a conhecesse a anos, mas era apenas a uma hora.
- Assim... Rebelde? - arrisquei.
- Que conceito você tem por rebelde?
- Respondo quando você me responder - venci outra vez.
- Por mim mesma - respondeu ela, cortando explicações. Depois parou de correr e também de caminhar, tive que pensar rápido para não bater contra ela. A garota se virou para mim e ficou me encarando, esperando a resposta, eu imaginava.
- Uma garota que vive nas ruas, para mim é considerada rebelde.
- Não lembro de ter lhe dito que eu morava na rua - respondeu friamente, se virou e retomou a caminhada com passos rápidos e barulhentos.
- Mas eu achei que...
- Achou errado - ela me cortou novamente. Fiquei irritado.
- Posso tentar responder novamente?
- E então... Por que você resolveu ser assim?
Por mais que eu brigasse com minha curiosidade e impetuosidade, ambas juntas sempre venciam.
- Assim como? - ela rebateu. Sua voz calma, mas eu sabia que ela não queria continuar com o assunto. Era impressionante perceber que eu sabia tão bem o que ela sentia como se eu a conhecesse a anos, mas era apenas a uma hora.
- Assim... Rebelde? - arrisquei.
- Que conceito você tem por rebelde?
- Respondo quando você me responder - venci outra vez.
- Por mim mesma - respondeu ela, cortando explicações. Depois parou de correr e também de caminhar, tive que pensar rápido para não bater contra ela. A garota se virou para mim e ficou me encarando, esperando a resposta, eu imaginava.
- Uma garota que vive nas ruas, para mim é considerada rebelde.
- Não lembro de ter lhe dito que eu morava na rua - respondeu friamente, se virou e retomou a caminhada com passos rápidos e barulhentos.
- Mas eu achei que...
- Achou errado - ela me cortou novamente. Fiquei irritado.
- Posso tentar responder novamente?
- Responda.
- Bem, acho que uma garota rebelde é o tipo de garota que costuma conhecer os lados mais sombrios de uma cidade, sem ter medo de caminhar por eles.
- Você descreveu uma pessoa destemida, não rebelde.
- Você pediu o meu conceito. Este é o meu conceito. Não o seu.
Eu tinha ganhado dela, mas preferia não ter feito isso. Ela parou novamente e sentou no chão, sem nem ao menos saber sobre o que estava sentando. Ela cruzou os braços e não olhou para mim quando me sentei ao seu lado.
- Desculpe, eu não queria ter dito isso... - comecei, mas fui cortado novamente.
- Tanto faz.
Outra garota no lugar dela provavelmente estaria sensível e chorando, mas aquela garota era incrivelmente diferente das demais. Agora que eu olhava mais atentamente seu rosto, via que ela nem sequer usava um contorno preto ao redor dos olhos verdes vivos. Também não usava esmalte nas unhas bem cuidadas e limpas. E não possuía nenhum tipo de mecha no cabelo, ele era da cor natural - ou pintado, mas eu achava que era natural -, ou seja, castanho escuro.
- Você é diferente - comentei, agora que eu podia avaliá-la melhor. Não somente a parte física, como também suas características psicológicas eram diferentes.
- Você não é o primeiro que me diz isso - ela rebateu novamente, mas desta vez sua voz não estava mais nervosa e fria. Estava apenas normal.
- Mas garanto que sou o primeiro que estou pensando num diferente de lado positivo.
- Bem, acho que uma garota rebelde é o tipo de garota que costuma conhecer os lados mais sombrios de uma cidade, sem ter medo de caminhar por eles.
- Você descreveu uma pessoa destemida, não rebelde.
- Você pediu o meu conceito. Este é o meu conceito. Não o seu.
Eu tinha ganhado dela, mas preferia não ter feito isso. Ela parou novamente e sentou no chão, sem nem ao menos saber sobre o que estava sentando. Ela cruzou os braços e não olhou para mim quando me sentei ao seu lado.
- Desculpe, eu não queria ter dito isso... - comecei, mas fui cortado novamente.
- Tanto faz.
Outra garota no lugar dela provavelmente estaria sensível e chorando, mas aquela garota era incrivelmente diferente das demais. Agora que eu olhava mais atentamente seu rosto, via que ela nem sequer usava um contorno preto ao redor dos olhos verdes vivos. Também não usava esmalte nas unhas bem cuidadas e limpas. E não possuía nenhum tipo de mecha no cabelo, ele era da cor natural - ou pintado, mas eu achava que era natural -, ou seja, castanho escuro.
- Você é diferente - comentei, agora que eu podia avaliá-la melhor. Não somente a parte física, como também suas características psicológicas eram diferentes.
- Você não é o primeiro que me diz isso - ela rebateu novamente, mas desta vez sua voz não estava mais nervosa e fria. Estava apenas normal.
- Mas garanto que sou o primeiro que estou pensando num diferente de lado positivo.
Os olhos verdes me encararam e avaliaram minha expressão, concluindo que eu estava falando a verdade, ela se contentou em respirar fundo e olhar para a escuridão novamente.
- Você ainda não me disse qual o seu nome.
- Você tira tantas conclusões sozinho... Não é capaz de adivinhar meu nome também?
- Se você me der uma pista, quem sabe.
- Se você me der uma pista, quem sabe.
- Começa com a letra "L" - revelou de má vontade.
- Vejamos... Lorraine? Larissa? Lyla? Lise?
Eu estava chutando todos os nomes que eu conhecia com "L" e ela negava em cada um deles. Devo ter ficado uns cinco minutos falando os mais diferentes nomes que eu conhecia, até concluir que ela estava me enganando. Desisti.
Eu estava chutando todos os nomes que eu conhecia com "L" e ela negava em cada um deles. Devo ter ficado uns cinco minutos falando os mais diferentes nomes que eu conhecia, até concluir que ela estava me enganando. Desisti.
- Lynn - ela falou por fim, vendo que eu desistira - Agora você me diz o seu.
- Adam.
E ficamos vários minutos sentados ali no escuro. Vez ou outra trocávamos olhares e logo olhávamos para o céu novamente. A lua estava escondida atrás de um dos prédios, mas ainda assim nos banhava com sua luz prateada.
- Adam.
E ficamos vários minutos sentados ali no escuro. Vez ou outra trocávamos olhares e logo olhávamos para o céu novamente. A lua estava escondida atrás de um dos prédios, mas ainda assim nos banhava com sua luz prateada.
[Capítulo 1] B.
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