quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Gelo, frio, sofrimento... Param algum dia?


O gelo me consome. O frio se alastra por minhas veias e toca lentamente minha alma a muito estraçalhada brutalmente pelos golpes da vida. Sinto que nada mais resta em meu interior se não a dor dos erros e da solidão. Nada mais me resta se não um coração em sofrimento, um coração que aos poucos bate mais lentamente. Cada dia mais sinto o poder da escuridão me consumindo juntamente com o gelo. Escuridão, desesperança e medo. Será que algum dia esse sentimento vai sumir? Eu já tenho minhas dúvidas. No meu interior apenas um grande vazio negro, é como se sempre fizesse chuva: nuvens cinzas, relâmpagos e trovões. Eu sempre odiei chuva e frio, mas agora não tenho mais nada a fazer se não aprender a conviver com este lado que aos poucos toma conta de um espaço maior. As feridas não se curam mais, porque quando uma finalmente está fechando depois de tanto tempo de tratamento, outra muito maior se abre e impede que eu possa curar estas dolorosas experiências de uma vida que começou madura para a pessoa errada. Sempre ouvi dizer que os problemas lidados desde cedo, formam a alma. Mas a minha impressão é justamente o contrário: parece que os problemas está destruindo minha alma, meu coração e todo o resto de bom que ainda existe em mim. E o pior de tudo é que eu sou apenas outra garota mimada que tem dificuldades em lidar com as pessoas, com o mundo, com a vida.



B.

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