
Eu controlava tudo o que eu queria. Eu controlava quando queria rir, quando queria chorar, quando queria me preocupar, quando queria dançar, quando queria gritar, quando queria reclamar. Eu tinha minha vida nas minhas mãos e as coisas aconteciam exatamente como eu desejava que acontecessem.
Mas então, algo decidiu interferir a perfeição do meu cotidiano. Algo que chamamos de 'amadurecer' ou 'crescer'. E então, percebi que as coisas não eram mais como antes. Claro, que eu continuava tendo o controle das coisas que queria fazer, mas tudo dependia de uma série de fatores que poderiam colocar meus planos no lixo.
Foi a partir daí que eu notei que a vida não se baseia em ter tudo o que queremos, mas também em saber reconhecer o que nos é dado. Saber reconhecer que às vezes gostaríamos de ter algo que não temos, mas não conseguimos. E outras vezes, coisas que nunca imaginávamos que aconteceria, simplesmente acontencem, sem uma razão.
Sem dúvidas, ser uma garota amadurecida é muito mais complicado do que ser criança, mas para mim crescer é como um desafio que tenho comigo mesma e com as outras pessoas. Um desafio que requer inteligência, persistência, paixão, coragem, otimismo e perspicácia.
Inteligência para saber lidar com as derrotas e com os ganhos; saber que nem sempre ganharemos na vida e aprender com isso. Persistência para nunca desistir; para sempre querermos seguir em frente e tentar de novo e de novo. Paixão pelo que faz e pelo que é, porque sem isso ninguém é forte o bastante para continuar. Coragem de dizer 'sim' ou 'não'; de se arriscar pelo objetivos que pretende atingir. Otimismo para nunca achar que não é capaz; para nunca duvidar de sua capacidade. Perspicácia para que seja possível rápida compreensão dos problemas; para que nunca falte espírito.
Apesar de eu não saber mais o que acontecerá no amanhã, de eu não saber se o que estou fazendo é certo, de me encontrar mais confusa do que nunca, acho que viver essa fase pode me explicar muitas das coisas que encontrarei num caminho futuro.
B.
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